terça-feira, 16 de agosto de 2011

Sobre pesadelos e loucuras.

Será que os loucos sabem que estão loucos? Aliás, estão ou são? Em inglês o verbo é o mesmo, mas a semântica portuguesa nos ensina que na prática não é bem assim que a banda toca. São conceitos por demais distintos. Tenho medo de estar louca, às vezes.

Agora mesmo, por exemplo, acabo de encontrar um fio de cabelo meu em cima do teclado. Não é incrível saber que este simples fio resume todo o meu eu? Quero dizer, com a técnica adequada, este fio pode dizer tudo sobre mim, pode ser responsável por fazer outra Mariana, ao menos do ponto de vista genético. Este fio sou eu queratinizada! Meu Deus, quanto de mim não deve estar espalhado por aí.

Tenho tido pesadelos horríveis, contudo reveladores. Alguém já parou pra pensar como seria ser prisioneiro de si? Vou explicar: imagine-se acordado, mas preso dentro do seu próprio corpo. Você grita, grita, chora, tenta se mover, tenta chamar alguém, reza, mas nada adianta. O seu corpo não responde, é o seu cárcere. Se esse corpo nada mais é do que uma capa pra mim, se o meu verdadeiro "eu" se esconde em algum lugar, alguras o que se pode chamar de "alma", quem eu sou então? E o QUÊ eu sou exatamente? Enfim, me sinto um avatar.



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