terça-feira, 23 de novembro de 2010


Que seja doce, então...

Nas entrelinhas, estrelinhas, entre linhas outrora concorrentes, hoje paralelas, foi mais ou menos isso o que aconteceu. E dizem que Deus escreve certo por linhas tortas... Sei não, mas começo a ter certeza de que quem entorta as linhas somos nós...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Eles - Parte I

O Cartomante: a gente vive entre tapas e beijos, choros e risos, ligações perdidas e ligações achadas, fotos, Madonna, Renato Russo, Nietzsche (que ele ama) e outras coisas doidas que só fazem sentido pra ele. O Cartomante diz que a minha percepção é péssima, então ele é os meus olhos, os meus ouvidos, a minha percepção e o meu tradutor de atitudes masculinas. Ah, é também o meu profeta! Pena que a bola de cristal dele tem andando quebrada estes últimos dias...

O Vampiro: Discreto. Como todo vampiro. Desperta amores platônicos. Como todo vampiro. É eu-liricamente (isso existe?) sedutor. Como todo vampiro. Ele até brilha no sol! Como todo vampiro (da Stephanie Meyer). Ele é quase perfeito, o único defeito é não estar apaixonado por mim. Mas eu tenho certeza que isso um dia se resolverá, quando ele acordar e finalmente perceber que fomos feitos um para o outro! Ah... Meu Edward Cullen das plagas maranhenses!

O Moreno Misterioso: "Moreno alto, bonito e sensual. Ele É a solução dos meus problemas". Não preciso falar muito dele; nem posso, na verdade, sob pena de arriscar a aura de mistério do Moreno. Mas basta dizer que nós somos CFA, blues (menos a Janis, porque ela grita, tu sabe), Cazuza, blog e crônicas. Meu ombro amigo, o lugar seguro onde eu sei que posso guardar as minhas lágrimas. O cara que ri do meu desespero de "Maria do Bairro". Eu sempre sei onde te encontrar, baby: na Guaje, ou, de qualquer maneira, no meu coração.

O Calango: Comicamente sem graça. As piadas mais infames que eu já ouvi em toda a minha vida. Mas eu o perdôo, afinal ele vai me levar pra passear de carro novo, evolutivamente comprado. Prometeu que não vai esquecer de mim, mesmo quando estiver lá em Itapecuru. "Ei, mas será que tu vai gostar de lá? Ouvi dizer que existem muitos répteis por aquelas bandas...". Gosto de você, apesar de ser tão furão... Tu tem cheiro de música do Renato Russo, de verso do Casimiro de Abreu, de fundo musical do Coldplay, de Física Moderna e de problema de Matemática super difícil. O único problema é que tu é meio lerdo pras coisas mais óbvias, tipo.... bolinha de papel na cara =)

O Arregala Tujo: Acho que o nosso começo foi com a história do alargador, quando eu saquei que um cara disposto a pôr um alargador não poderia ser tão chato quanto eu pensava. Ele foi meio que aquela fruta no pomar que a gente deixa amadurecer e só colhe quando tá beeem vermelhinha, sabe? Só agradeço ter te enxergado a tempo e não ter deixado que este fruto cansasse de me esperar e caísse no chão... "Pra onde estas setas irão te levar?" "Ad infinittum" "E além!". O poeta setilhista. Meu poeta setilhista. Mas tudo bem, eu te divido com a curva de potencial biótico. Sei que tu não pode viver sem tua nova tão amada "ecologia"....

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p.s: crônica nova na Cronicando! =D


domingo, 14 de novembro de 2010

Fé!

Duas batalhas já foram. Agora só falta a terceira e maior de todas. FÉ! SEMPRE SEMPRE SEMPRE!

sábado, 13 de novembro de 2010

Fim? Começo!

Dói quando a ficha finalmente cai... Saber que aquelas pessoas com as quais você passou um, dois, três (ou até mais) anos inteiros não estarão mais ali todo dia, brincando com você, fazendo bagunça, conversando na hora da aula, enlouquecendo todos os professores. Dói demais...

Bate aquela vontade de ter feito tantas outras coisas, de ter falado com tantas outras pessoas, de ter aproveitado mais. O problema é que não volta, nada na vida volta. É aqui que você finalmente nota aquela pessoa escondida no canto da sala, ou mesmo aquele outro com o qual você nunca trocou mais do que um "bom dia". Vocês poderiam ter sido amigos; ótimos amigos, eu diria. Mas a chance passou, fazer o quê?

"Ainda que tentem me convencer do contrário, eu sei que não vai ser a mesma coisa. Nunca mais vai ser... Pode ser que melhore, que nós até nos aproximemos, mas com a maioria não vai ser assim. Muitos ficarão pelo meio do caminho, virarão apenas sombras num retrato de turma. Mas eu não quero crer que este seja o fim. É apenas o começo. Começo de quê? Nem sei, mas depois que começar a gente descobre"

Queria poder dar um abraço apertado em cada um de vocês, meus anjinhos! Dizer que vou sentir tanto a falta de cada um... E se eu pudesse faria uma universidade única só para os melhores do meu coração, só pra que a gente nunca precisasse se separar. Mas é necessário, filhinhos, é necessário que conheçamos o mundo, que conheçamos outras pessoas, que coletemos experiências, momentos, gente! É assustador por ser novo, mas é NOVO! Então veja, não é maravilhoso? Milhares de chances, de oportunidades ainda cheirando a leite, milhares de caminhos, de obstáculos e aventuras. Alegremo-nos então! Cada pedra que aparecer pelo caminho, usaremos para construir uma escada para o nosso crescimento.

O mais importante é tentar esquecer o medo de perder. Medo não é para os que tem em quem confiar. Aqueles que foram cativados permanecerão... E quanto aos lugares deixados por aqueles que partiram, não se afobe não, outros chegarão para preenche-los. A gente ainda vai se encontrar por aí, pelos cantos desse mundo de "meu Deus", que a vida é mestre nessas coisas de acaso. Nem que seja na fila do pão, sabe?

VALEU MUITO À PENA!

p.s: este é provavelmente o meu texto mais desconexo e confuso. Perdão se as palavras não foram capazes de transmitir a intensidade do sentimento de quem as escreveu. A culpa é mesmo da escritora incompetente que ainda não aprendeu a controlar os dedos nervosos que teimam em tamborilar pelo teclado, à procura da palavra perfeita ou da ordem correta de idéias. Um dia, quando as coisas se acalmarem e a casa ficar novamente organizada, sairá algo mais específico, um lugarzinho de texto pra cada um que teve um lugarzinho no meu coração este ano. Fiquem com Deus!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

Fico pensando por que "diabos" esse "de repente" não tropeçou na bendita pedra de Drummond. Onde será que habita o "repente"? A espuma nem dura, Cazuza já dizia: "por quase um segundo, só pra depois se amar mais". O que dura mesmo é o espanto. Espanto envolto em brumas.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

Vento? Quem dera... Da calma fez-se a tempestade, a revolta, a ressaca d'um mar. Quem diria que a última chama fosse apagada pelo sopro dos teus lábios? O sopro que ainda ontem levava um "eu te amo" aos meus ouvidos. E tal qual o animal que pressente o abate, o tempo se faz imóvel ao luzir da lâmina do algoz. Do silêncio, o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

E o coração outrora cheio fez-se vazio. E as lágrimas já podiam escorrer livres, pois não havia mais nenhuma mão que as enxugasse. Os espaços entre os meus dedos já não cabem mais os teus, e a mais nova companhia atende pelo singelo nome de "somente".

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente

Mistério é saber como as bocas outrora coladas se resumiram a aguados "bom dia". Um contando ou outro coisas que já são conhecidas, como dois estranhos, como se jamais tivessem tido alguma intimidade. Um milhão de anos entre mim e ti. "Pra que usar de tanta educação, pra destilar terceiras intenções..."

"É estar-se preso por vontade
É servir a quem vence - o vencedor
É um ter com quem nos mata lealdade
Tão contrário a si é o mesmo amor"