Lembro quando você foi me esperar na parada de ônibus onde eu descia; a cabeça cheia de planos, o olhar esperançoso. O que eu fiz? Não fui pra casa. Preferi ficar na escola, “quebrando o galho” de um amigo, corrigindo trabalhos idiotas de Gramática. E quando você me ligou e contou o acontecido? Eu ri. Disse que você era lerdo por não ter me ligado antes e avisado sobre o seu intento.
ѼઉRodrigo Walker: isso não foi bonito, sua terrorista! Coitado... Agora eu sinto que tenho que comprar um bombom pra ele...
[Eu ainda dou um para ele, Rodrigo, prometo. Quando aconteceu comigo, pelo menos eu ganhei um refrigerante. É, ele bonzinho demais comigo...].
Mas então tu disseste que era p’ra ter sido surpresa e eu soltei uma tímida lamentação “Você sabe o quanto eu queria ter voltado p’ra casa mais cedo... Queria muito poder te ver...”. Acho que você deve ter ficado feliz com isso, porque comprou o livro que eu queria há um tempão e me chamou de “Meu Anjo” pela primeira vez...
ѼઉRodrigo Walker: tá vendo? a gente se lasca muito por vocês... e vocês nem...
[Não é verdade. Viu só como eu guardo todos os detalhes, até os mais bestas? Eu não sou tão má assim...]
ѼઉRodrigo Walker: sei... terroristas...
[Rodrigo, para de atrapalhar meu post, dá pra ser ou tá difícil? Tentando escrever uma coisa romântica e tu me atrapalhando!]
Eu guardo cada beijo na testa, cada conversa no MSN, cada momento como se fossem meus maiores tesouros. E vai ver até são... Guardo o buquê de flores de canudinho, guardo os teus braços na minha cintura, guardo o cata-vento que, lá de cima, espiava o nosso beijo, guardo o embrulho do ovo de páscoa, guardo até o papelzinho do restaurante que dizia o que eu comi no nosso primeiro almoço juntos!
Mas alguém me disse que garotas são más e eu não pude me conter. Tive que te perguntar se eu fui má contigo, se eu te fiz sofrer, se eu te machuquei. Você jurou que não e disse que tinha sorte de me ter ao teu lado...
ѼઉRodrigo Walker: somos bonzinhos
=DDD
Principalmente ele, que é um hobbit
[Rodrigo, vê se dorme, ok?]
Lembra da caixinha de estrelas? Pois é, eu mesma peguei cada uma delas para dar a você. Na verdade, elas já eram tuas. São as mesmas estrelas que eu encontrei no céu da tua boca (perdoe o lugar-comum, eu não encontrei uma forma melhor para dizer a verdade), as mesmas que eu encontrei no teu sorriso, as mesmas que eu vi nos teus olhos, as mesmas que um dia tu me deste quando me ensinou a crescer e a ser mais mulher. Eu virei uma colecionadora-caçadora de estrelas. Das tuas estrelas.
Vai ver eu sou o teu vício. E você não consegue perceber a tempestade à qual eu te levo porque está bem no olho do furacão. Lá, tudo é calma, mas a verdade é que, do lado de fora, as coisas são/estão bem cruéis.
De minha parte, eu já aceitei. Você é o meu vício. O maior de todos os vícios terrenos, que fique claro. Mas eu já não me importo com a tua tempestade. Eu sei que estou segura, ainda que me encontre no olho do furacão, pois mesmo que lá fora o mundo se acabe com um grande meteoro destruindo toda a existência terrestre – ou apenas o parquinho onde tu brincavas quando era criança -, eu sei que vou ficar bem. Eu tenho a tua certeza.
Lembra do nosso segredo, do nosso acordo de “amor-perfeito”? Você e eu e Ele e Ela. Sabemos que o nosso amor não se resume a nós dois, pois o teu olhar e o meu olhar não foram feitos para se encontrarem e pararem em si próprios. Eles se encontraram e decidiram que iriam seguir juntos em direção ao NOSSO vício. Aquele que É e sempre Será.
E eu não me importo de ser a boba mais feliz do mundo!
Aiii que perfeito Mariana! muiito lindo!
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