sábado, 17 de julho de 2010

Em 12 horas

Hora de dormir. Sem MSN e sem ouvir a voz “dele” um pouquinho, é bem verdade, mas com um SMS de boa-noite. Vou dormir meio embriagada de coca-cola. Já perdi as contas de quantas vezes prometi que ia parar, que ia largar a bebida, que ia procurar algo que me ajudasse na reabilitação [quem sabe uma versão anti-cocacólica daquelas tornozeleiras anti-álcool que a Lindsay Lohan tem? Ótima idéia...], mas não adianta, a “maldita” não me larga!

Recuso a minha cama, é fria demais. Corro pra cama da mãe. Coisa boa é cama de mãe... tá sempre quentinho lá. Me abraço com ela, não dando a mínima se eu não caibo mais naquele abraço. Tento me encolher na mesma posição em que eu ficava na barriga dela [lembra, mãe? Como era mesmo?], sem muito resultado. Num último esforço de encaixe, bato a testa no espelho da cama. “Ai meu chifreeee!” reclamo. “Cruz credo, minha filha! Nessa fase ainda não tem chifre não...”. Boa, mãe! Valeu pelo consolo; bem mais tranqüila, agora. Fico ruminando o “nessa fase”. Desisto e prefiro a solteirice da minha cama.

Me agarro ao urso polar com nome de fruta verde que agora fica por ali, lutando bravamente contra a minha sinusite alérgica e contra a minha TPM emo. Depois de reler pela 1.354.987ª vez todas as 296 mensagens da caixa de entrada do meu celular, adormeço. Sonho com escola, com provas e com piscina [sei lá, nem eu entendi...]. Às 10 da manhã, abro os olhos e corro pro celular. Não, não tem nenhuma mensagem de “bom-dia”. “ok, ele ainda não acordou”. Dez e meia... Dez e quarenta... Dez e quarenta e quatro... “me recuso a receber outro ‘bom-dia’ que não seja o teu! Só levanto daqui quando aparecer a 297ª mensagem!”. Meio-dia eu abro mão da birra e resolvo ir tomar café-da-manhã.

Ligo o computador e corro pro MSN. Ninguém interessante on-line... “Grandes merdas"[outra coisa que eu deveria parar de fazer/falar, mas quem liga?]. Visito o blog de um escritor gaúcho, cafeinado e com intenções de feminólogo. Percebo que estou paquerando ele cada dia mais. Sobre mim: não raro eu me apaixono por escritores. Pior pra mim, né? Tem idéia da dificuldade de encontrar um homem que escreva (BEM), nesse Brasil? A maioria já morreu ou me lembraria o meu avô. Cogito a hipótese de mandar um e-mail pra ele. Esqueço logo em seguida. Quando eu tiver 23 anos eu faço isso.

Descubro que odeio Legião Urbana. Quero dizer, a nossa relação passou da fase “amor eterno e incondicional” pra fase “entre tapas e beijos”, digna de música setaneja. Adoro quando ele canta “então me abraça forte e me diz mais uma vez que já estamos distantes de tudo” ou quando, de cima de uma nuvem de metal, me consola dizendo que “a nossa história não ficará pelo avesso, assim, sem final feliz. Teremos coisas bonitas pra contar...”; mas o odeio de todo o meu fígado quando ele conta que “é só você que tem a cura pro meu vício de insistir nessa saudade que eu sinto de tudo o que eu ainda não vi”. Remédio pra essas coisas deveria vender em farmácia....

Ah, ligue 0XX(98)2010 1504 010 e doe R$10,00 para a campanha “Ajude uma adolescente a se ver livre da Coca-cola”. Prometo que não usarei o dinheiro pra comprar qualquer outro tipo de refrigerante, ou de água gaseificada com ki-suki.

P.S: a menos que você seja sádico, não ouça “Linger” em períodos de fossa amorosa.

Faça sua própria estrela de papel =)


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