segunda-feira, 5 de abril de 2010

Broken


Nunca me achei muito corajosa ou muito certa do que queria. Na verdade, meu talento canalizava-se quase que inteiramente para a destruição de coisas, tanto materiais – que o diga a infinidade de lâmpadas e cadeiras que tiveram a má-sorte de cruzar o meu caminho – quanto emocionais. Não importava quantas “porradas” (perdoem a expressão) eu levasse, eu nunca conseguia fazer certo da próxima vez. Deveras, é notório que errar faz parte da natureza humana, no entanto, insistir no erro é burrice suprema. Um jumento que esteja levando seu dono a algum lugar e, na ida, cai em um buraco, não repetirá a falha na viagem de volta. Conclusão: do alto de minha sapiência, sou pior que um jumento.

Recentemente, cheguei a pensar que talvez, por um momento, eu não estivesse destruindo tudo com a minha burrice crônica – por favor, só dessa vez, não – no entanto, se há algo que eu já deveria ter aprendido sobre mim é a não duvidar da imensa capacidade que tenho de estragar tudo!

Ao que parece, existem duas maneiras de se perder alguma coisa: a primeira é não cuidar dela, deixá-la de lado, esquecê-la. A segunda é guardá-la bem demais. Ou seja, é como aquele objeto que você, por ter tanto cuidado com ele, esconde-o tão bem que chega a esquecer-se de onde o colocou. O resultado será o mesmo: ele está perdido.

Ora, pessoas não são objetos. Por que, então, insistimos (eu) em escondê-las?

Isso, lá vou eu de novo. A alguns passos de quebrar, de perder, de estragar tudo. MAIS UMA VEZ. Sendo um pouquiiiinho otimista, acho que talvez ainda dê pra consertar, algum dia. Sendo um poucãããããõ otimista, talvez eu nem quebre tanto assim.

Bom, o vaso está na beira da mesa. Será que o empurrão será suficiente para derrubá-lo?

*To be continued*

Nenhum comentário:

Postar um comentário