quarta-feira, 24 de março de 2010

Na beira da Terra


"Quando os problemas chegam e eu não consigo achar uma solução, simplesmente pego uma estrada que me leve até a beira da Terra. Chego lá, sento no chão, balanço meus pés no infinito, sentindo o nada lá embaixo. Olho à minha volta e contemplo as estrelas ao meu redor, umas nascendo, outras morrendo, tudo acontecendo muito tempo atrás - quando elas nascem para mim, de certo que já nasceram bem antes, e quando morrem para mim, já não existem há séculos. Vejo cometas passando, galáxias se expandindo, quasares bailando no espaço.

Lá eu reflito e tento compreender a minha pequenez apenas olhando para o infinito; lá, até o maior dos asteróides pode se sentir sozinho. E quando o dia acaba, digo 'até logo' para Órion, sacudo a poeira de estrelas do cabelo, e volto para casa, Certa de que sempre haverá algo bem maior do que os problemas que os humanos criaram para si...

Nem faz tanto tempo assim... Ainda ontem balancei meus pés no infinito..."


Um comentário:

  1. A inconformaçao que os humanos tem com sua pequenez, é a maior causa de todos os nossos problemas. Talvez, se olhássemos as estrelas mais vezes e sentissemos a beleza da natureza, a pequenez não seria tão ignorante. E nós, melhores.

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